martes, 25 de mayo de 2010

A Geografia do Insólito

Essa coisa de latinidade é realmente uma característica que nos une. Assim como aconteceria no Brasil, trocaram arbitrariamente o horário das minhas aulas. Resultado? Confito de horários! Eu estava escrito pra estudar Estratégias de Expressao Escrita dois dias por semana e numa oficina de Geografia do Insólito todas as terças. Com a colisao, optei pela coisa que mais me faz falta, ou seja, usar ativamente o idioma espanhol.

Mas hoje decidi ver o que estava perdendo e fui conferir uma aula da oficina. Uma coisa que me intrigou desde que vi as fotos da antiga Cidade do México era que se tratava de uma ilha lacustre, mas aqui nao há lago. Pelo contrario, sequer vi um rio por perto e os problemas de abastecimento de água sao frequentes. Pois nao é que a aula foi exatamente sobre este assunto? Em uma síntese da história da cidade, desde a chegada do méxicas até os tempo atuais, descobri que Tenochtitlan era como que uma Veneza artificial, um monte de ilhotas muito férteis criadas pelos índios no meio do Texcoco. Os espanóis fizeram da capital azteca a sua própria mas, depois de um tempo, encheram o saco de andar de barco pra chegar de um ponto a outro da cidade. Entáo decidiram desviar o rio que abastecia o lago e cobrir todos os canais. Claro que essa afronta à natureza foi uma tremenda burrice. As inundaçoes eram frequentes na época das chuvas e, embora hoje haja um colossal sistema de drenagem subterraneo, dizem que muitos pontos das cidade facilmente alagam e atualmente a terra esta literalmente afundando.

Mas além da história e geografia local, esta oficina aborda praticamente todas as coisas da cultura local que tenho interesse: a conturbada relacao com os americanos, luta livre, comida típica, touradas, gírias e todas as coisas estranhas que se pode encontrar numa cidade desse porte e com tamanhos contrantes. Acho que vou ter que rever as minhas prioridades...

1 comentario: